Bem Vindo
25 de dezembro de 2011
Nossa Parte
18 de dezembro de 2011
ônus
11 de dezembro de 2011
Meus parabéns
4 de dezembro de 2011
Luzes
27 de novembro de 2011
Sonhos
18 de novembro de 2011
Bares
6 de novembro de 2011
Me desculpe
30 de outubro de 2011
caminhos
11 de outubro de 2011
Baladinha do bom moço
2 de outubro de 2011
Tomando um Ar
18 de setembro de 2011
Fanatismo
9 de setembro de 2011
Vento nas asas
28 de agosto de 2011
A epopéia de Barilho
No colo de um sonho exilou-se Barilho.
Fincou sua bandeira sob um céu de incerteza,
Sobre os ombros reclamou o perseguir de uma proeza,
Amaria sem quedar frente àquele descarrilho.
Foi-se embora feito os bravos navegantes,
E seu translado menos bravo e féro não o fôra.
Inda enfrenta a procela esmagadora
Dos que amam amores tão distantes.
Tantas circes..., Tantos cabos das tormentas...
Mais que isso de Barilho foi a bravura:
Fez ele do peito – antes berço de ternura –
O terreno propício à batalhas violentas.
Foi-se embora das antilhas do sossego…
Mar a dentro no oceano de uma espera
No batel de sua última vã quimera,
Foi pra longe de por si total apêgo!
Hoje, o infante cantador das agonias
Vive em “paz” na terra estranha de ilusão.
Vive o sonho do insâno coração,
Come e dorme uma rotina de poesia.
Que se calem de pessoa os heterônimos.
Que se esqueça de homero a odisseia.
Pois Barilho descobriu numa plebeia
Um tesouro, nesse mundo, sem sinônimos.
21 de agosto de 2011
A solidão
A solidão é mansa,
A nossa emoção descansa
Proporciona-nos um tempo
Para agirmos, com temperança.
Solidão não devora,
Nem tampouco é invasiva.
Mostra o sentido da vida,
A quem com ela se apavora.
Quem quiser pode sair e
A solidão deixar.
Ela por si se basta,
Não precisa acompanhar.
A solidão não tem fúria,
Tem segredos como o eu.
É uma forma bendita de
Reencontro com Deus.
"Um poema do grande poeta e amigo Reginaldo Pacheco".
12 de agosto de 2011
A mecânica de um adeus
A hora de partir dificilmente atrasa, vejo-a:
Pontual, certa como a vaidade tua de mostra-se bela.
Faz caras e retoques no espelho, e nas bordas do
Esgotar do tempo conveniente surge, urge implacável,
Imperiosa, exata!
Não há muito o que se faça, existem coisas; pessoas e voos.
É padecer.É, quiçá, romântico...
Chorar às vésperas do último ou do primeiro adeus,
Direito? Vaidade? - Miudeza, penso!
Pois que, o embrulho no estômago, a dor e o peso nas pálpebras
E, junto a isso, o natural desfecho de tudo - fora a morte -
Por nós é deferido, ou não.
O humano chora os mortos porque é fácil, é humano...
Já, cultivar o mínimo aqueles que pela hora insossa
De partir, levados são, - enquanto perto, dentro,
Ao redor e por inteiro - é tão pateticamente impossível?
Triste, minha gente, é confrontar o que podemos fazer
Melhor, com a nossa displicência burra.
Se ao menos, vez enquando vociferássemos:
" Vá-se embora, trem do tempo! "
Belos sonhos não findariam num adeus.
4 de agosto de 2011
Franco atirador
24 de julho de 2011
Fumaça
15 de julho de 2011
XIX-I-XI-XIX-I
7 de julho de 2011
Ateliê coração
23 de junho de 2011
Beleza Triste
13 de junho de 2011
Te prezo
Deflagrando todo amor.
Toda vez que me calo vejo os traços teus
Fazendo fremitarem as paredes do passado,
Ainda assim, frases fortuitas à muito ditas,
Fazem mais barulho, causam mais estrago.
Confie! Minha lágrima é sensata,
O que sinto agora é honesto, o sofrer é calmo.
Aprendi ama-la. Eis que te privo
Do meu querer feroz, do que grita em mim,
Em ti, com violenta voz e nos cobra
A todo custo.
5 de junho de 2011
Auguêstos V ( loucura culta)
29 de maio de 2011
Auguêstos I
20 de maio de 2011
Auguêstos III
8 de maio de 2011
O bolero de Zeus
Pode pedir o sol,
Pode pedir a lua que faço um esforço e trago à você.
Existências a mais, alegrias das ruas, sonhos de carnavais,
Infinito prazer...
Mas te faço um pedido: Não peça para te esquecer.
Outra cor para os olhos,
Toda sorte de mares,
Noite só de bons sonhos,
Chuvas particulares...
Uma estrela só tua, privilégio de aos céus
Invejar ou,
Dou-lhe o céu
Pra que sejas estrela
E se faça brilhar.
2 de maio de 2011
Penitência
Certa feita, calmo e pensativo,
Bocejava de saudade imaginando-te perto.
Um calor das coisas que nunca me disseste
Tomou-me o peito e delirei.
Dávamos as mãos e nossos passos combinavam;
Se quer de longe insinuavam
Tomar caminhos diferentes,
Nossos olhos cuidadosos evitavam ladear.
Te bebia como a terra bebe a chuva,
Te via como a flor no inabitável.
Te roubava um beijo de sonho,
Esquecia que sonhava acordado.
8 de abril de 2011
Duas Rosas
No âmago do meu ser há um canteiro
Onde brotam versos brandos e rimados.
Eu o rego todo dia, dia inteiro
Com as águas de um choro acumulado.
Neste seio inquieto e perturbado,
Minha alma planta os olhos com fervor,
Minhas juras se transmutam num cercado
Que protege minha fé no seu amor.
Vão e voltam estações a bel prazer,
No canteiro nada morre se exaspera...
Meu canteiro vive ainda por você,
Não influem o vai e vem das primaveras.
Se viésseis, meu amor, a visitá-lo
Duas rosas sei que iriam te encantar
Uma delas, a esperança, fino trato!
E a outra, solidão, me quer matar.
1 de abril de 2011
Fim
Vou embora, ficando ao mesmo tempo e
Levando um pouco de você.
Vou saber se existe noutro mundo
Algo que me faça esquecer
Que deveria ficar.
Algo que me lembre
Que ficando sofreria mais,
Que sofrendo perderei a paz,
Que sem paz perderia tempo que gastaria
Tentando um recomeço feliz.
E feliz esqueceria que sem querer
Recordaria sempre o triste último
Momento.
25 de março de 2011
Detrás do óculos
Detrás do óculos..., a maré, o vento no coqueiro,
A curva fechada do objeto da obsessão.
Bordado num lenço, um rosto imaginário,
Nas malas, lágrimas, sorrisos convulsos.
Nos bolsos a dúvida sobre o que faz aqui
E a certeza da morte.
Na mente a certeza irascível
De buscar nos outros pedaços de nós.
Prato de sempre: A criação.
6 de março de 2011
Chã do jenipapo
Ah! Essa chã do jenipapo me entorpece!
Digo-lhe quando em vez: comida de bêbado,
Canabys, vela preta, vela branca …
Maldita seja essa bendita de grossas ladeiras
E suas já não virgens paisagens.
De seus açudes e tanques acima.
Amiga chã, minha e da “onça”, enfia-me goela a baixo
Quer seja onde eu esteja, a tristonha hora do ângelus,
Gritada por tua imponente igreja.
Nem sempre me respeita, as vezes teu seio
Margeio; só quero chorar, e até o julgo
Das tuas paredes me rejeita.
Um dia te deixo! Penso: pra não ti lembrar, levo pouca coisa:
A cachaça de feira, a cocada de francisquinha,
Mané-môco no açude, temperos, farinha, procissão,
Devoção ao padroeiro…
Sem esquecer o som que embala a mais festiva semana;
Festa de São Paulo, que serias sem a lira paulistana.
Vês como é, meu Deus?
A chã, hoje com nome de gente, nesse peito pinta e borda.
Faz e desfaz.
Crava-se no frei paulistano
Quando o mesmo pensa que dela se vai.
Às vezes é de ensurdecer, o berro das praças
E esquinas por seus “Heróis”: fundador, clérigos,
Seresteiros,políticos,que não findam
E jamais serão esquecidos. Essa terra tem um alto tom de voz.
Neste momento em que escrevo,
Me pego louco, entediado por culpa da tamanha
Paz e silêncio exagerado; Me embrulha o poder
Dessa terrinha. Eu queria agora a dor do mundo,
Quer fosse noutros prados, mas, ela, cínica,
Me detêm e reaninha. Eita chã do Jenipapo!
26 de fevereiro de 2011
O púlpito de alguns
Velado pela noite e a lua,
Em qualquer esquina de qualquer rua,
Surrado de vento, feroz e persistente
Um choro por dentro conduz minhas trêmulas mãos.
Ao papel borrão, te escrevo e dedico outra vez.
Louco, livre, o meu gargalhar é grave,
Mas não desperta alcovas sonolentas,
As varandas que contemplam o céu,
Ou o seresteiro que se vai...
Não apraz ou desagrada o passar das horas
Mesmo naquele agora lamurioso, ébrio e vadio.
É mutilar-se pelo ofício? Van Gog?
Passam-me lembranças...
Sons que não descansam...
Sou o próprio cenário: Noite e Lua,
Esquina, rua, poeta, carne crua...
18 de fevereiro de 2011
Peito aberto
4 de fevereiro de 2011
Alva luz
Ela é a própria luz. De brilho interminável
E grandeza indiscutível,
Criação incomparável para só um escolhido
Entre todos os sedentos e aflitos por amor.
Sem que saiba me conduz,
Ela é a própria luz!
Perdoa-me se ti enfadas de ouvir
Meu louvor a teus traços,
Hoje, é seu o espaço que foi morada
De um sombrio pensar.
Me inspiras, me tens...
Como não alardear? Tão alva a enxergo,
Neve nos campos...,
De uns cabelos negro manto
Ti inveja a lua com ciúmes mortais.
Seu olhar, trovão do vindouro verde,
Traz a água que nos mata a sede,
És a saudade que melhor me cai.
27 de janeiro de 2011
Pesadelo
Feito a espuma que se entrega a praia,
Pelos poros do nada vou sendo sugado.
Feito um trapo, a sorte que desmaia e o peito de
Só amar sem ser amado,
Estou desaparecendo.
Feito tristeza obedecendo a alegria,
O grito de amor que a mim ti traria,
O beijo e o carinho dos que à tempos são casados,
Estou desaparecendo.
Feito sorte ligeira que escorre das mãos
E frações de segundos em que a ti não me
Apliquei.
Feito os raros momentos de amor racional
E o dia que a mim negou-se
E assimilei...
Evanescence.
16 de janeiro de 2011
Estudo sobre o tempo
O tempo ! ?
É fio branco ou preto de cabelo ?
É o abrir de olhos apressado ou calmo ?
É o noivado e o casamento , tudo a seu tempo ,
Dois momentos ?
É pensar antes de fazer ?
É demorar a crêr ?
É o querer ?
É caminhar ou desistir ?
É quando me recolho e calo ?
É quando amo e tudo e nada acontece ?
É quando a alma vibra , dorme , se desilude ?
Ou o tempo é quando
Não há mais tempo ?
7 de janeiro de 2011
Se ti vejo
Meu jeito de querer-te é réu confesso
Mesmo em todo seu silêncio .
Como-te com os olhos quando tenho
Você em minha frente , pouca roupa ,
Que desenho!
Rolam meus desejos corpo à baixo
Como seixos a chover de uma montanha ,
Ferve pelo teu meu pobre lábio ,
Transcendo de pensar tuas entranhas .
- cala-me ó morte! - Que já não posso sustentar
Mais esse gozo de não tê-la pérfida ,
Vadia em pensamento
E vê-la santa , futura mãe de meus rebentos.
- Cala-te razão ! – Noutro instante quero
Assim . O avesso de um idílio ,
O bater frenético dos cílios ,
Seu quarto e carnes tudo em fim .
É no meu peito esse duelo ,
Esse barulho infernal ,
E sou réu confesso
Num silêncio sepulcral .