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18 de dezembro de 2014
Madelaine
És um código, Madelaine!,
Digo-te assim por viver a te buscar
Em profunda investigação.
Na mata-virgem dos teus olhos me perdendo
E me achando, no infinito desses verdes olhos,
Polinésios oceanos, embarcação sem rumo vou
Ao encontro da terra-firme do teu calor;
Das tuas palavras mais perdidas ao vento.
Se no mistério é que te encontro tão senhora,
Tão perfeita alva-alma iluminada, por que então
Quereria eu agora de teu ser tirar o véu ?
Não, doce desatino meu! Quero-te assim feito
A lua suspensa no céu, para que de saturno
Um dia eu roube um anel e adorne o astro celeste que é teu corpo.
Minha madelaine, temo que se um dia eu
Decifrar-lhe e aos olhares, beijos abraços
E amores indevidos te entregares;
Faço de meu ser o teu altar e da minha
Escrita adoração enquanto houver eternidade.
Deixo-te essas palavras tão sinceras
Como algo que voltarei para buscar,
Como viçosa flor das primaveras
Para todo o sempre á sua enfeitar.
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