Bem Vindo

Seja bem-vindo. Hoje é

15 de dezembro de 2013

No suicide













Não seria justo eu refazer a poesia
Que, mesmo as vezes cabisbaixa,
Molda-me forte, vivo, e principia 
Novo fôlego que se me reencaixa.

Volta-se a viver todos os dias!
Do átono verme ignoto, ao bravo,
Que mesmo drenada tendo a energia 
Forte ruge, mais ainda impávido.

Não seja eu proficiente a vir tentar
Fazer sumir a qualquer verso,
A qualquer indício sem lembrar

Que o que tenho de mais rico e  belo
Não é do sociável os sêlos;
Mas a cópula gráfica que professo.
 " A quem couber a carapuça"...

1 de dezembro de 2013

Meta -Poesia















Não há meios de não ser lugar-comum o que lhe digo
Pois tudo está do mesmo jeito como se fez no passado.
Espero ainda, pela clara-boia de um sonho tão bonito,
Ver o meu penar devastador por sua volta ser atropelado.

Tento as vezes, quando a passeio volto ao mundo das verdades frias,
Cortar os laços que me ligam à temporalidade do meu voo,
Plantar os pés e o coração nas sentenças retas desses dias...
Mas divagando, ainda, vem-me pessoas às quais parecido não sou.

Eu já sou o que eu te escrevo; sem lhe ser jamais o que sufoca.
Viciado em sofrimento, criador da lágrima imensa e perfeita,
Um lobo feroz trancafiado em desespero pelo que não toca,
Sou a febre, a vertigem e malicia que feliz se mostra.

Sou o solo,
Sou a lona,
Sou o ar que você só imagina, sem respirar. Justo!  

17 de novembro de 2013

Indo Ali ( Poetizando)













Concumbina do prosar, da lenda ou qualquer outro absurdo.
Filha da angústia, da noite mal-dormida...,
Passante sem bagagem importante, nem grandes pretensões.
Corta o relâmpago, o som dos trovões, da tempestade
E cai sobre minha massa cinzenta.
Quando em sempre, um transe, um trânsito conturbado de avenida desconhecida.
A cavalo, a barco... Num sonho... Em vários!
E solto às ventanias na última oportunidade de morrer reconhecido 
Por quem nada conhece.
E descanso,  me canso..., prolongo a sede de ser algo,
E nesse auto embargo descubro um riso de superioridade.
Mais hora, menos hora, batem à porta do silêncio seguro
Que construí, dão com a minha falta e, ai, sim. Sou ! Existo!
Volto. Alguém me acha. Eu já tenho alguns versos,
Já me tenho feito me pesam.


3 de novembro de 2013

Encanto Hermético
















Por esses dias, meu amor, daria todo sossego.
Por esses delírios de prazer e dor 
Por toda pequenice a que me apego,
Daria tudo, inclusive a paz que tanta lágrima custou.
E se esse revés as avessas for sinal 
De uma guinada nessa minha vida toda e tão errada,
De pasmar ao mais incrédulo em potencial?
Se for o descanso dessa caminhada?
"Certamente desabarão sobre mim as espessas
Paredes desse túnel que adentrei a escavar;
Suando todo o sangue do meu acreditar."
Mas por essas cargas, meu amor, que seriam 
Alguns versos deixados para trás, até mesmo
Os elucidativos? Ilusões não param de ebulir.
E vem-me sempre o teu sorriso, e emerge outra vez
O titã ferido, porém disposto, com a mesma chama
No peito, na boca, na mente e, consequentemente 
No galanteio pueril ou verso despretensioso.
Por que, meu amor! Por esses delírios de prazer e dor!
E eu sempre volto; Mesmo contra a corrente,
Porque a vida é essa: regularmente versada ou não. 
  

6 de outubro de 2013

Deslocado











Um homem chora: Vem à luz a tristeza...
Olhou-se para dentro,
Viu-se de fora, indo, embora querendo ficar.
Desceu as escadas feito uma lágrima pesada,
Apresada, tresloucada ..., Lágrima bruta
De tão sensível.
Sentou-se satirizou-se e gemeu!
Lancinantes, volteavam sua mente
A lembrança calorenta das carnes mais
Quentes e D'Alva pele que não houvera detido
Em suas garras.Naquele dia - Desloucado- ele tinha garras.
E veio outro dia, e à luz um homem -menino.
E ficara tudo como começado tinha: A pluma
Do esperado êxtase lhe fugira do peito-ninho,
Da sua sede, do amor que não era de espuma.


8 de setembro de 2013

Concreto de Vidro














As vezes bebo demasiadamente, somente,
Para expulsar uma lágrima fervente
De dentro da ferida; E era só chorar...
As vezes - quase sempre- penso em nunca mais
Querer pra sempre; E era só querer agora...
E quando venho perceber já foi, escondeu-se, escorreu secou...
E apeno-me insaciavelmente 
Quando era só mentir ou me perdoar,
Ou correr até os braços de uma solidão 
Tranquila; Daquelas que petrificam o olhar
Dando-lhe de impenetrabilidade um ar.
As vezes era só o caso de aquietar-me,
Suprimir a falta dentro de uma opinião sensata.
E até enxergo terra firme...
Mas você me olha, me traga e me tenta 
Feito a areia seduzindo a espuma do mar...,
E começa tudo outra vez,  e o carrossel da loucura 
De amar-te não me deixa descer;
Nem me deixa naufragar...


1 de setembro de 2013

Doce Versânia (Ciúme)


















Tenho em mim, confesso! Infanto-costume,
Abestalho-me tomando sóbria nota:
Mordem-me caninas cenas de ciúme
A tudo que muito, e só me importa.

Mas onde há maldita-sábia cartilha
Que diferir ensina: cuidado,de, posse?
Já que o desejo que a todos move
É fazer-se, a quem amamos, uma ilha!

Minha cara ave das alturas
Dos infindos céus que se ti abrem tolos,
Dos ninhos implorando-lhe a presença.

Perdoai-me o ego e a grossura.
A vontade de lhe ser uma sentença
No meu amar-te as vezes torto.

11 de agosto de 2013

Canção Pessoal


















Inspirações lancinantes, inda que o desgrace,
Trazem na dor do seu labor umas delícias.
Fala-se de amor, vida e morte, com ou sem classe,
Com, ou sem voz viva; com arma sem carga,
Dispara ti, malícias...  
E infinitivamente infinitivas-pessoas, sim!
Inspirações são verbos indomáveis, inquebrantáveis...,
Rompem qualquer casulo. É o que se quer todo tempo.
Posto, que nada nesse circo de viver
Não advenha de um parir eterno;
De um entreabrir d'um flanco e o despejar de pólen,
Ferir, mortalmente, seria imputar demonismo 
Aos fios de "luz" que perpetram a barcarola condutiva
Do nosso pensar.
Vê, o quão é tão nossa a loucura, a sanidade
Do cirandar da pena em nossas mãos...,
Fora o fato de ser ouvido desde mesmo
Lá do fundo, do chão último do profundo poço
Das nossas paixões abestalhadas; quando cantamos
A impossível desejada, finda a vida fica o verso, o mote... 
E somos pra sempre, graças a alma da inspiração.
" Fira-me a musa! Que belo é o seu torpor!"

9 de agosto de 2013

Mesa Posta

















Sonhar!!! Diz-me o peito de estudante que já não sou.
Navegar!!! Convoca-me a audácia de navegante que nunca fui.
Paciência ! Pede-me, justamente, a vida que por ninguém espera?!
E há quem diga não sentir,não ver, 
Não se banhar dessas águas que nos leva a todos.
Passa um tronco rebentando pelos barrancos que,
A qualquer instante também rebentam, e um tímido sorriso
De alívio nos escapa aos lábios. Graças a Deus!
E quando tudo em nós é um anseio gigantesco só,
A noite piedosa traz o descanso  de um dia capataz;
Os olhos e o peito da esperança cochilam. Que benção!
Somos todos, quando bem queremos, a grande festa-fada da sempre o término-,E este não ofusca a recordação engraçada.
E por acaso não é triste perder alguém? Sim, porque o tivemos.
Então não é uma grande confusão tudo isso?
O balaio já nasceu pronto. Bagunça-lo é querer entender.
Olha a vida ai, pessoal! Já se sonha, já se navega, e a paciência já nos têm.

8 de julho de 2013

Vilbelle














Entendo que meu silêncio ofenda
O seu querer e poder falar.
Que tire a venda do nosso encontro.
Falando tenazmente sem soar.
Aposto! Ranca-lhe lágrimas que sei,
Que suprimir só eu posso, nesse mundo
Só nosso, de mentiras que inventei.
Mas a ventana, meu amor, sempre leva...
Esteja ainda no calor do ninho- A ventana,
Meu amor- Há de organizar-nos como
Para tal não tem competência o nosso respeito.
Não há longe entre nós.
"Espadeiam-se todo tempo: Sua falta
E o meu querer."

7 de julho de 2013

Versos com frio











Me sinto estranho, meu amor!
Insigne conhecedor que sou da minha 
Loucura- Que é você; Dei-me ao acordar
Com barbas de esquerda antiga nas faces.
Não discuto esteriótipo, meu amor
Insigne conhecedor de que me zélo,
Integrante da comédia do viver, só muda-me
A face a personagem que quero.
Só tratar-se pode  de saudade...
... Três dias sem me barbear...
Só tratar-se pode de você!
Que está longe...longe...
Feito meu jeito estranho de escrever.

23 de junho de 2013

Turbilhão

















Tenho pensado em revoluções
Agitações diversas do sentimento;
Guerras intensas dos pensamento
Que reclamam minha consciência.

Tenho ruído feito parede antiga 
Frente a ira da imaginação,
Que, causticante, fere os meus dias
Fastiosos de pensar-te amiga.

Tenho morrido de assim viver
Enlouquecido por perfeito ser
O meu sofrer por ser amigo.

Da minha guerra janais santa,
Jamais feita de  inimigos,
Mais de um "Bem" que me suplanta!


2 de junho de 2013

Versos a teus olhos















Existem olhos inocente , pescadores
E atrativos feito visões sonhadas;
Dos que pouco e a custo temos de seus sabores,
Por nos deixar a atenção escravizada.

E dou-me todo quando em vez não vendo mal,
E o brilho sigo em tonta vã caçadas,
E vou-me nele: Em bravo mar, perdida nau
Distante à terra, uma...duas braçadas...


De perturbar de encantamentos me parecem,
Esses olhos vestais teus, ó, Donzela,
Que me permito às ilusões dos que padecem
A sorver-me a olheira menos singela.


E quero tanto os seus olhares mais perdidos;
Mais tranqüilos, de nunca houvera pecado...
A ponto de trocar os meus sentidos
Por fio-luz dos teus brilhantes encantados. 



19 de maio de 2013

Sempre ! Sempre contigo












Por tudo que é sacro nessa e noutras vidas,
E de pago antes da hora eu muito me dane;
Peço a quem me escutar que não permita
Ver-me átono de morte a doce Viviane.

Posto que mui vivo em vida mais alentada,
Transladado do purgar ao abraço da reinvenção
Ei-lhe ser mais douto em poesia e bela carta,
Que o ébrio amante viciado em solidão.

E caso eu, bonificado quando em vez de aval,
Se puder soar-lhe uma bonita recordação;
Fazendo-me a poesia mais caprichosa...,

Perecerá o mito de um findar final,
De encerrar tanto amor sob o chão,
Sob breves partidas e voltas.



21 de abril de 2013

Concílios II













Inda que se faça noite constante em meus pensamentos,
Que as sombras amigas de esconderijo e escrivaninha 
Me sirvam... Quero, quando em vez, umas imagens
Ululantes, de qualquer sorriso meu no indiferente espelho.
Eu também me dou a rir do meu estar de espírito, das zangas
Irracionais que tomam-se nos decrépitos reclamares
Das coisas que nunca minhas foram.
E dou certos passos desnecessários, bebo minha
Arrogância em "sarais" de amigos ou não; sirvo à causa de levar a vida
Como ela não me leva. Falo sobre tudo, sorvendo a tudo aquilo que 
Nos caracteriza normais; Na acepção mais pobre e baixa da palavra.
Inda que esbofeteando-me por não querer, trago à luz esses
Versos brandos e sem sal, advindos do ebulir de seriedade recôndita.
Posso até "misantropiar"  em excesso, mas, ao "Pé" da relatividade,
Que nota tão importante isso tem? visto que não se poetiza ou
Beija-se com amor ininteligível, ao primeiro tremor de paixão,
Sob " cerimônia " alguma.
Não sou um estranho; sou daqueles que pouco sabem outros.
Quando muito me pensam ter,estou dentro de mim 
Pensando justamente para fora.

7 de abril de 2013

Ao vento; na moldura













"Felicidade?
Desconfio que é desistir de ser perfeito.
É dar um jeito de não esquecer o jeito,
Quando a circunstância já tiver vencido
O jeito exato de fazer".
E ouvi isso de uma boca às moscas fechada,
Vi isso num olhar  perdido pela prenda em cheiro lácteo.
Senti isso nos meus versos mais flutuantes;
Inda assim, o tecnicismo... maldito tecnicismo...
" A verdade? vai e faz ser verdade!"
Desconfio, piamente, ser invenção.
Toda asa é de cera!? Toda carta de amor
É uma câmara mortuária!? E os melhores sorrisos?
Não há vida em nada?...
Toma a poesia no peito amante!
Bebe o verniz da inabalável posição!
Salta onírico ; tal caprinos dos teus sonhos infantis,
Ou reverbera  feito a tua urina na água parada do vaso sanitário.
E vem desconhecer, desconcentrar,
Que a chave é justamente não saber
Se ser, ou, se estar.
Senta num, banco de avenida, relaxa
Vagarosamente as mãos do seu momento
E rasga este poema.... ri, deliciosamente...
                           
                              " Em alusão aos diálogos mais sérios
                                Entre, eu e amigos"

10 de março de 2013

Concílios






















Esse  é um daqueles momentos 
Em que calmo o gênio produz escapes, respirações em toda calma,
Ponderações diversas...
Nesse momento, eu queria soltar um grito,
Que, cheio, basto de um ardor quase infinito
Esporeia-me internamente com perguntas.
Sofrer-me sabe toda minha escrita,
Toda minha pose, toda minha espera.
Não procuro resposta no vácuo; não
Meneio positivamente a tudo que me vê sofrido.
Eu sinto, infelizmente, tudo. Eu sou a ferida.
Dá-me muito mais as sensações de vivente
As idéias de poetizar, que "obrigação de ouvires".
Dá-me as placas indicativas.
As intenções de ser menor: conforma-me 
Que não se foge à perspicácia do que se é na vida agora.
Esse é um daqueles loucos transes mais normais...
Esse instante é o mesmo que encerra o tonto drama
De mais um pileque, inútil à sobriedade mínima exigida.
Não te assustem, "terceiros", enlouquecer se trata apenas
De viver um momento qualquer." Está tudo certo."

17 de fevereiro de 2013

Muito Perto





















Eu não conheço o seu humor,

O seu cheiro preferido de flor...
Eu não sei muito sobre você.
Literalmente, desconheço o que enxergas com estes teus olhos...,
Indecifráveis olhos!
Eu não compreendo o que dizes, o que sussurras escarnecida tantas vezes.
Eu nem sei onde você está.
Eu não conheço as cores que te ferem o rosto em maquiagem,
Os vestidos mal-intencionados que te insinuam às bocas porcas.
Não te vejo nunca. Não te escuto nunca.,mas te digo sempre!
Eu nem conheço o seu toque, nem o melhor ou pior dos seus hábitos;
Nem sei como imaginá-los.
Jamais rocei tua viçosa pele, tuas mágoas, no querer curá-las.
Nem sei porque me fiz o mais puro silêncio; Quando abraçar
Aos gritos a causa de ganhar-te, era talvez ter sido 
Só um menino, e saber-lhe hoje, sem poéticas dúvidas obscuras 
O seu cheiro preferido de flor.Minha lenda!
Meu amor!...


27 de janeiro de 2013

Chato poema íntegro


















É  sublime estar consciente do que se pensa.
Caminhar e pensar, ver convergir ambos
Os atos, à primeira vista absortos, por chegar
A um lugar comum..., divino e vitorioso lugar
Comum, de preferência.
Caminhar, pensar e entupir-se de saber,
E comemorar o fato de não ser mais preciso
Engolir " regras sem sal."

13 de janeiro de 2013

Renitente














" A razão irrompe quando não mais endoidece o coração."
  A sede se aquieta, o chumbo esfria...,
  Mais a boca fechada ainda guarda, com todo um possível
  Zelar, as armas, a belicosidade, as febres.
  Não nos faz a razão desertores;
  O tempo, crudelíssimo amigo conselheiro,
  Priva-nos apenas de desencantos mais infinitos são!
  Não morre o verso. Mesmo aquele destemperado,
  Fadado ao esquecimento, lembrado é preciso ser
  Para que esqueçam-no.
  O carnaval do amor desconhece
  A quarta-feira de cinzas.

1 de janeiro de 2013

Honestas Reflexões

















Quando ilusões básicas de nós se vão
Invade-nos um vazio irrascível, 
E uma escuridão de linha reta.
Pasme todo aquele que jamais traçou o riso!,
Perderás a graça que de graça nos vem,
"Morrerá" tão jovem e indeciso 
Tal que idílico sonho de moldar alguém.
Um amor se escondendo em seus bolsos
Vez em quando jantará suas fragilidades,
E suas deixadas ilusões de moço;
Rirão do seu encontro com a verdade.
A poltrona do acomodar-se fere tanto
Quanto a estranha lágrima.
Quando inunda-nos o consciente pranto,
Cortam volta as ventanas.
Desfalece a corrida louca e acelerada da juventude;
E que sejam assim, antes que a ladra cega
Tire-me do que fazer ainda não pude;
Antes que trague-me a boca da terra.