Bem Vindo

Seja bem-vindo. Hoje é

27 de dezembro de 2010

Eles

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Já me enganei , já achei

Que fora desse nosso espaço idiota

É que residiam belas coisas estranhas ,

Quando simplesmente , estão na mesma boba órbita

Em que nós .

Eu não sentia , eu não os via

Quando enxergava com os olhos do ontem ,

Pensava se outro delírio de um homem

Apunhalado pela lâmina da solidão.

E pouco a pouco

Foi tomado forma , invadindo o campo da razão ,

Afastando as dúvidas escuras do meu coração,

Falo da certeza que um dia a todos hão de ter

No final : Entre a carne e o osso , a terceira

Pessoa do plural !

Eles! Que já me obrigaram a dormir mais cedo ,

Eles , de quem um dia tive tanto medo ,

Me ensinaram a importância de canalizar.

No sopro dos ventos ,

Na inerte fraqueza de um monumento ,

Em palavras que a pirâmide não deixou-me

Dizer ,

Até na irritação de não os querer ver

Existe muito deles .

orientadores …, perturbadores …,

Por toda parte ,

Da luz à escuridão ,

Ei sei que estão !,

Eles !

15 de dezembro de 2010

O advogado

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Jamais fostes venal ,

Ó ! Veiga minha de velutíneo olhar .

Ainda tão piegas lhe pareça , escuta-me ;

Mesmo em vista a paralela veemência

De uns desencantos , hospedeiro dos

Viveres da esperança me vou em defesa tua ,

Servo , cego , sem vontade própria alguma .

Néscio , o que te cobra novas convenções .

Nobre , o que te agrada ao polir-te .

Podres , os que por ti viajam e nunca residem .

Memoráveis , os de mesmos olhares que os meus

Perante a Veiga que és .

Traz os verdes campos no sorriso ,

Noites pagãs nos caprichos ;

És calma de mar na chegada ,

Mar revolto na partida .

Me conformo , e assim desterro-me

De esquecer-te ,

Passo verões no inferno ,

Lavo-me na lágrimas de camões e

Volto a defende-lá , Veiga minha ,

Prado infindável de ilusões .

5 de dezembro de 2010

Dezembro

 

 

 

 

 

 

 

 

Outra vez, lá vem o cantante dezembro

Embrulhado para nos presentear ,

Imbuído de me balançar ;

Outra vez , lá vem os dias que de ti mais lembro .

 

Não fosse , quem sabe , o "feliz natal " ,

Eu lhe diria mês dos mortos .

Enxergo ainda os destroços

De certo ano que dezembro me foi fatal .

 

Sei de alguém que nesta época feliz ,

Vive mais e bem melhor agora

Que nos tempos de seus sonhos juvenis .

 

Para outro , esse tempo apenas diz : -

Se ela ri e você chora ,

É porque tem quer ser assim .

27 de novembro de 2010

1 ano de blog no ar !!!!



 

Pois é, 1 ano de maquinário no ar, estamos felizes por essa conquista

Agradeço a todos que visitaram e deram seus elogios ,

Agradeço a Deus pelo o dom que tenho.

Espero que esse seja um dos muitos e muitos anos de publicações nesse cantinho

que de uma forma esta a vista de todo esse planeta.

Para todos um imenso abraço.

Que Deus esteja sempre em nossas vidas.

26 de novembro de 2010

A grande cólera

Quando os olhos brilham e perdem-se

No espaço e o raciocínio vira um bem escasso ,

Por nós seja Deus nesse embaraço ,

É paixão !

Refém do sonho , criança !

De suspiros tantos , agoniado !

De vontades tórridas , abafado!

De chorares copiosos , encharcados !

É paixão!

É mundo belo , pura imaginação ,

No escuro um clarão .

Final de festa , desilusão ...

É quando mansa vem a morte _fria consorte_

É paixão !

É ser mártir sem saber

E alvo do próprio plano .

É dar-se a todo crer ,

É mimar o " Víl Humano".

É paixão !

19 de novembro de 2010

Possesso (Dora) II



Se a tudo pudesse modelar do meu jeito ,

Lhe daria o brilho de uma estrela

Para iluminar-me toda noite .

Não por vaidade , é que tanto te quero

Em segredo a ponto de perder-me

No escuro dos meus medos.

OU

Daria aos teus olhos o dom de

Ver sempre o caminho certo .

Você como bússola me guiaria ,

Primeira à esquerda ,

Para o inferno;

Sem demagogia .

12 de novembro de 2010

Descrente


Se eu fosse um farol na costa

Arrecifes comeriam os navios .

Já não tenho a mesma luz imposta ,

Sou areia , sou a rocha refém do vento frio .

Sei mesmo que sou uma sombra ,

No seu encalço mas , ao seu comando .

Quem sabe teu sonho infantil beirando o estaleiro ,

Um arrepio ao passo do tempo passando .

Certo como o sol

É o fatal encontro dos estranhos ,

Como Deus é perfeito ... ,

Para alguém o nada sou , em seu total tamanho .

4 de novembro de 2010

Melancalcoólico


Quente ou frio ? tanto faz ;

A temperatura que me agradava

Era a do teu corpo .

Dia ou noite ? tanto faz ;

Já que é raro hoje ver-se risos em meu rosto ,

Não incomoda nem apraz .

Dentro ou fora ? pouco importa agora

Onde a dor há de estar ; mata-me qualquer

Hora , começa a me dilacerar ...

Sem você , sou apenas fútil banquete

Do que se pode ainda em mim

Aproveitar .

24 de outubro de 2010

O Baile


Dá-me o prazer desta dança,

Que dançar com prazer não cansa

E quanto prazer pode nos proporcionar...

Dá-me os teus olhos dançantes

De ariscos e excitantes,

Que os ensino a me enxergar.

Dá-me o prazer de mover-se

Doce e leve feito gira o planeta.

Dá-me teu colo ninfeta , num passo,

Juro ferver em teu sangue a dança

E o bem que ti faço.

Dá-me o prazer desta danca.

Alimenta-me a esperança

De ver Alva_Dama a bailar,

De escorrer pelos meus braços_poésia_

Tendo assim ao findar dos meus dias

Toda alegria ao recordar.

Dá-me o prazer desta dança?

12 de outubro de 2010

Praça do Coreto ( Sol Poente )

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foram embora o trovador e a trova de minha cabeça.

Urgem segundos para o sábado,

Tiro o último trago da sexta...

Há ufanos e melancólicos, sábios e perdidos,

Precavidos, metódicos, idiotas.

A eles uno-me no discurso especifico dessas horas,

Bradam palavras de ordem e desvalorizam-nas;

Censura-se o à parte; tudo é de todos.

Alcançando as primeiras divergências e exaltações

Algumas garrafas se estilhaçam, é como lei.

Rebusco a trova - agora engôdo - todo ébrio é

Servil e bobo de poesia bem cantada.

Rabo de olho no relógio, duas da madrugada:

Conselhos, olhos vermelhos, lágrimas choradas...

Ah! a primeira namorada - loiras, morenas,ruivas,

Dondocas, esclarecidas, taradas, um flirt.

Política, trabalho, futuro, frito na feira...

Zangou-se o vigilante pois, de um da gente

Ecoou o berro - colhôes disso, daquilo...

Pobre "morcego".

Batem quatro da madrugada,

Não se bebe mais nada.

Se A capitão João Tavares falasse...

Reclamaria enjoada das vomitadas,

Das maldosas piadas que não devem nada

A hipocrisia do moralismo interiorano.

Mas, no fundo, ela gosta .Assim como o

Silêncio gosta de algazarra desses filhos

De Deus; Vamos para casa?

A André Almeida.
(Meu primo)


10 de outubro de 2010

O melhor do proibido ( Auguestos)


O sonho . Bem sei que arbitrário é ;

Sei que as vidas , partes do jogo são .

Mas por Deus . Na terra do homem, da mulher ...

Há cadeiras para à vigília da razão ?

E quando tudo é pura energia ,

E as carnes nuvens que o vento carrega ,

Seria sóbrio ser avêsso a alegria

De levar a vida como pouco ela nos leva ?

Dos encantos bebo o vinho das ilusões ;

Nas madeixas do que quero

Vivo mais .

Faço colo das histórias das canções ,

Nas horas que por ela espero

Durmo em paz .

1 de outubro de 2010

Morféia

Toda vez é assim !

Fecho os olhos e encontro o barqueiro

Que me leva rio a dentro .

E a prióri , não vejo o negror de eras perdidas ;

Nem fedem as águas caudalosa .

Teu inferno é de mentira , tua dor é mentirosa !

Já , eu, pobre verme a temer a luz ,

Sempre acordo , rezo e agradeço .

Levanto as vistas , cumprimento , me alimento ...,

Rezo e agradeço outra vez ; A guarda se abre

E me tomam de punhais .

Saio pelas ruas , as ruas riem , as horas riem ,

Os côrvos ? então !

Os jornais fofocam , os bares bebem , o asfalto anda, corre,

O estudo concentra ; enquanto eu vejo , ouço , calo e

Amo alguém . provo a mortalha .

Volto para casa , olho o calendário ,

Não vejo mais as datas festivas .

Ajeito a cadeira ; nela me ajeito e não descanso ,

Converso com o tédio e não enlouqueço ; escrevo e detesto ,

Porém conservo . Cochilo no caixão .

Vem a noite , ainda amo alguém;

Alguém que nunca virá ao menos matar-me .

Sinto ser muito , fora do tudo , a grande porção , mas ,

Meus cabelos não grisam ,não caem , e pior

Que talvez eu nem morra . talvez seja um

Cadáver falante ...

Não há moedas para o barqueiro ,

Meus dias bebem demais .

24 de setembro de 2010

Pessimismo ( A penumbra do nada )

" Felicidade "., abstrata coisa mais arrogante ,

Nefasta busca de caminho tortuoso ,

De máscara e pútridas atitudes por mero bálsamo ,

No fim, somos : caça sonolenta , cervo aleijado .

Pelo sono do justo chama-nos as batalhas mais

Incrédulas ; a galope ; de cóleras à toda sorte ,

Cegos , moldados para .

Abre-nos o corpo e a alma , afoga os princípios ,

Espolia-nos a carne , a têz ; degenera o orgulho .

Maltrata o olho , o olhar . impõe registro , rótulo ...

Nos vende , nos compra , funde , fere ,

Lava , suja ...

Por fim , ti branqueia os cabelos ,

Ti assenta numa velha cadeira .

Quando a hora já não interessa ,

Quando o que nos distrai é alheia pressa .

Fala do céu e dos sonhos , como se a vida

De um comum disso apenas não fôra feita ...

17 de setembro de 2010

Semidéia


O próprio diabo de face grotesca

Não traz nos olhos um par de caninos sedentos,

Aos quais me dou a devorar .

Dos mesmos quais , desde que homem sou ,

Sou também teu alimento .

O diabo pede em troca ,

A força que exalto se apossa

Assim seja-lhe o intento .

Deus , que tudo nos deu , aconselha equilíbrio

Para com toda obra .

Ela não , quando propícia , cobra !

Quando invade foge , quando cresce farta ,

Não sabe quanto realiza ,

Brinca , fere , e quando fere mata ;

Quando me vingo , és menina .

Caem as armas , sobre mim feito roupas

As mentiras .

Si mentes , tuas curvas são verdades ,

Teu sorriso indulgência e , por tal ,

Pago com servidão .

E ti quero só minha ,

Além da vontade , uma pena a pagar ,

Ter sem tê-la .

Malditas sejam paixões

Que desprezam conquistas ,

Desejo-te ao definhar

Do que em toda glória .

O amor entorpece o homem ,

O homem quer o sem fim .

Mortais , por ela se perdem ,

Súditos , facéis assim .

11 de setembro de 2010

XIX-I-XI-IX-X-XIX-I ( Auguêstos )

Quisera eu , se possível fosse , calar , absorver

O teu sorriso no meu sono mais honesto ;

O imporia aos meus olhos , antes de morrer ,

Como dele fosse o único luzir por qual desperto .

Quisera eu lhe estudar a tempestade do espírito ,

A inquietude dos teus passos , olhos e cabeça ;

O quanto é fácil me fazer por ti aflito

E obedecer-lhe como a nada , nunca mais , eu obedeça .

Quisera eu ontem te pegar à pulso firme ,

Ti beijar a boca com fome e sêde desesperada ;

Fazê-la minha fêmea , porém me detive .

Quisera tanto tudo isso ..., e a mim tanto disse...,

Que me encabula hoje ver acorrentada

Minha tórrida vontade ao teu resto de meiguice .



5 de setembro de 2010

Sancho chorou

 


 

Devo ter pecado exageradamente

Nessa vida.

Caso lenda não seja o reencarne .

Certamente manchei épocas , destruir

Sonhos , ludibriei esperanças , multilei

Gerações ...

O troco que recebo só pode referir-se

A crime sem tamanho ; Daqueles

Que pasmam e calam o júri ,

Projetam o réu no sem fim da culpa .

Eu só quero um sinal , um tiro na

Minha ânsia ; Que por caridade

Me arrancasse a memória .

Valha_ me Deus !

Porque carrego no olhar um outro

Que não é meu e me orgulho .

Depressivo confesso , palhaço em serviço ,

Espontaneidade copiada .

Valha_me Deus !

Porque amo e ensaio frente a platéia ,

Vivencio atrás da cortina , sonho ,

Planejo e empolgo ; E que de alheia

Felicidade me basta o resto ;

Sou o criminoso e a vítima .

Sou infeliz número ímpar , traído

Em minha devoção ; Dei a alma de

Ante-mão pois , tristeza é prato feito e

Meu peito só se abre .

Pai nosso que não finda minha

Provação , sobrecarrega-me tal

Fosse o dromedário no deserto ,

Faz-me insano por completo ,

Desterra-me de tua piedade

Pois a moeda da coragem que

Desfralda do meu penar os motivos ,

Perdi no caminho ,

Não tenho como pegar .

30 de agosto de 2010

Lápide

Busquei alguém o tempo todo ,

Só que dentro de mim .

Ao abrir dos olhos percebi que

As coisas prostram-se a nossa frente

Por isso é preciso seguir .

Pobre de mim , fiz diferente ;

Tive ela nos olhos , no pensar ,

Tive tudo no sorriso ...

Sorri de tudo , do meu mundo mudo ,

Da saudade que preenche lacunas ,

Das mentiras verdadeiras e verdades

Sem importância .

Louvei a ânsia , o ardor de uma espera

Vã . Pobre de mim , rico de nada ,

Mendigo de pernas e obstinação ;

Caçador e rei de um possível "Eu " vencedor .

Fui o primeiro sabedor de você ,

Nesse caso retorna a flecha ,

Ti perco ao findar o giro , é a vida !

Já é fúnebre , pútrida a disposição

De buscá la no mesmo lugar e dia ,

O dia "D" . Somente pônha vélas

Sobre minha lápide e

Eu às acendo .