Toda vez é assim !
Fecho os olhos e encontro o barqueiro
Que me leva rio a dentro .
E a prióri , não vejo o negror de eras perdidas ;
Nem fedem as águas caudalosa .
Teu inferno é de mentira , tua dor é mentirosa !
Já , eu, pobre verme a temer a luz ,
Sempre acordo , rezo e agradeço .
Levanto as vistas , cumprimento , me alimento ...,
Rezo e agradeço outra vez ; A guarda se abre
E me tomam de punhais .
Saio pelas ruas , as ruas riem , as horas riem ,
Os côrvos ? então !
Os jornais fofocam , os bares bebem , o asfalto anda, corre,
O estudo concentra ; enquanto eu vejo , ouço , calo e
Amo alguém . provo a mortalha .
Volto para casa , olho o calendário ,
Não vejo mais as datas festivas .
Ajeito a cadeira ; nela me ajeito e não descanso ,
Converso com o tédio e não enlouqueço ; escrevo e detesto ,
Porém conservo . Cochilo no caixão .
Vem a noite , ainda amo alguém;
Alguém que nunca virá ao menos matar-me .
Sinto ser muito , fora do tudo , a grande porção , mas ,
Meus cabelos não grisam ,não caem , e pior
Que talvez eu nem morra . talvez seja um
Cadáver falante ...
Não há moedas para o barqueiro ,
Meus dias bebem demais .
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