A hora de partir dificilmente atrasa, vejo-a:
Pontual, certa como a vaidade tua de mostra-se bela.
Faz caras e retoques no espelho, e nas bordas do
Esgotar do tempo conveniente surge, urge implacável,
Imperiosa, exata!
Não há muito o que se faça, existem coisas; pessoas e voos.
É padecer.É, quiçá, romântico...
Chorar às vésperas do último ou do primeiro adeus,
Direito? Vaidade? - Miudeza, penso!
Pois que, o embrulho no estômago, a dor e o peso nas pálpebras
E, junto a isso, o natural desfecho de tudo - fora a morte -
Por nós é deferido, ou não.
O humano chora os mortos porque é fácil, é humano...
Já, cultivar o mínimo aqueles que pela hora insossa
De partir, levados são, - enquanto perto, dentro,
Ao redor e por inteiro - é tão pateticamente impossível?
Triste, minha gente, é confrontar o que podemos fazer
Melhor, com a nossa displicência burra.
Se ao menos, vez enquando vociferássemos:
" Vá-se embora, trem do tempo! "
Belos sonhos não findariam num adeus.