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5 de fevereiro de 2012

No oceano da poesia




















Desviando-me da sombra da encosta, do canto-descanso dos rochedos,
Via a nau tomar o rumo dos segredos que o horizonte dispensou-me prestativo à revelar.
" Timoneiro!", Bradava o vento enfunador, vê e ambiciona com a emoção da primeira conquista.
Um revoltoso mar de versos tirava-me à dançar desafiante, sem saber que eu debutaria,
Honraria agora uma coragem de antigos medos herdada.
Eu, único rato da embarcação, cravava em mim naqueles instantes a certeza de que
Terra firme era brisa das solidões, as tempestades vistas pela janela, a calmaria patética,
O não chegar a lugar algum (fonte inesgotável de inspiração).
Uma vez lançando, não tens mais berço pra voltar que lhe retenha em braços de sossego
E prenda-te.
Desde o desvio sou a direção que me apetece, o sal que impede que do mar se beba,
A alma do prazer dessa liberdade solitária.