
Via a nau tomar o rumo dos segredos que o horizonte dispensou-me prestativo à revelar.
 " Timoneiro!", Bradava o vento enfunador, vê e ambiciona com a emoção da primeira conquista.
 Um revoltoso mar de versos tirava-me à dançar desafiante, sem saber que eu debutaria,
 Honraria agora uma coragem de antigos medos herdada.
 Eu, único rato da embarcação, cravava em mim naqueles instantes a certeza de que
 Terra firme era brisa das solidões, as tempestades vistas pela janela, a calmaria patética,
 O não chegar a lugar algum (fonte inesgotável de inspiração). 
 Uma vez lançando, não tens mais berço pra voltar que lhe retenha em braços de sossego 
 E prenda-te.
 Desde o desvio sou a direção que me apetece, o sal que impede que do mar se beba,
 A alma do prazer dessa liberdade solitária. 
  


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