Engrenagem das palavras
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8 de abril de 2011
Duas Rosas
No âmago do meu ser há um canteiro
Onde brotam versos brandos e rimados.
Eu o rego todo dia, dia inteiro
Com as águas de um choro acumulado.
Neste seio inquieto e perturbado,
Minha alma planta os olhos com fervor,
Minhas juras se transmutam num cercado
Que protege minha fé no seu amor.
Vão e voltam estações a bel prazer,
No canteiro nada morre se exaspera...
Meu canteiro vive ainda por você,
Não influem o vai e vem das primaveras.
Se viésseis, meu amor, a visitá-lo
Duas rosas sei que iriam te encantar
Uma delas, a esperança, fino trato!
E a outra, solidão, me quer matar.
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