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4 de dezembro de 2011

Luzes















Ouvi um canto sêco e o segui.
O tal canto aglomerava inúmeras vozes
De inúmeras pessoas que eu não conhecia.
Intricado no mesmo, haviam gritos horrendos, suplicantes,
Agoniadamente trevosos num dia tranquilo, subordinado...
Meus dramas se reuniam sindicalizados,
Procurei numa introspecção verídica a razão daquela loucura,
Encontrei o silêncio histérico da resposta pífia: estar vivo.
O Deus das horas certas é um gesto cabível,
Mas ainda, inultimente, sangramos a cada busca
De uma explicação plausível.
Perfuma-te, meu amor! Foge da carapaça, do cognoscível,
Irrompe pela fresta última...
Abre o peito de viver agora
E fecha os ouvidos ao canto sêco do "sei lá o que".