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11 de setembro de 2010

XIX-I-XI-IX-X-XIX-I ( Auguêstos )

Quisera eu , se possível fosse , calar , absorver

O teu sorriso no meu sono mais honesto ;

O imporia aos meus olhos , antes de morrer ,

Como dele fosse o único luzir por qual desperto .

Quisera eu lhe estudar a tempestade do espírito ,

A inquietude dos teus passos , olhos e cabeça ;

O quanto é fácil me fazer por ti aflito

E obedecer-lhe como a nada , nunca mais , eu obedeça .

Quisera eu ontem te pegar à pulso firme ,

Ti beijar a boca com fome e sêde desesperada ;

Fazê-la minha fêmea , porém me detive .

Quisera tanto tudo isso ..., e a mim tanto disse...,

Que me encabula hoje ver acorrentada

Minha tórrida vontade ao teu resto de meiguice .



5 de setembro de 2010

Sancho chorou

 


 

Devo ter pecado exageradamente

Nessa vida.

Caso lenda não seja o reencarne .

Certamente manchei épocas , destruir

Sonhos , ludibriei esperanças , multilei

Gerações ...

O troco que recebo só pode referir-se

A crime sem tamanho ; Daqueles

Que pasmam e calam o júri ,

Projetam o réu no sem fim da culpa .

Eu só quero um sinal , um tiro na

Minha ânsia ; Que por caridade

Me arrancasse a memória .

Valha_ me Deus !

Porque carrego no olhar um outro

Que não é meu e me orgulho .

Depressivo confesso , palhaço em serviço ,

Espontaneidade copiada .

Valha_me Deus !

Porque amo e ensaio frente a platéia ,

Vivencio atrás da cortina , sonho ,

Planejo e empolgo ; E que de alheia

Felicidade me basta o resto ;

Sou o criminoso e a vítima .

Sou infeliz número ímpar , traído

Em minha devoção ; Dei a alma de

Ante-mão pois , tristeza é prato feito e

Meu peito só se abre .

Pai nosso que não finda minha

Provação , sobrecarrega-me tal

Fosse o dromedário no deserto ,

Faz-me insano por completo ,

Desterra-me de tua piedade

Pois a moeda da coragem que

Desfralda do meu penar os motivos ,

Perdi no caminho ,

Não tenho como pegar .