Foram embora o trovador e a trova de minha cabeça.
Urgem segundos para o sábado,
Tiro o último trago da sexta...
Há ufanos e melancólicos, sábios e perdidos,
Precavidos, metódicos, idiotas.
A eles uno-me no discurso especifico dessas horas,
Bradam palavras de ordem e desvalorizam-nas;
Censura-se o à parte; tudo é de todos.
Alcançando as primeiras divergências e exaltações
Algumas garrafas se estilhaçam, é como lei.
Rebusco a trova - agora engôdo - todo ébrio é
Servil e bobo de poesia bem cantada.
Rabo de olho no relógio, duas da madrugada:
Conselhos, olhos vermelhos, lágrimas choradas...
Ah! a primeira namorada - loiras, morenas,ruivas,
Dondocas, esclarecidas, taradas, um flirt.
Política, trabalho, futuro, frito na feira...
Zangou-se o vigilante pois, de um da gente
Ecoou o berro - colhôes disso, daquilo...
Pobre "morcego".
Batem quatro da madrugada,
Não se bebe mais nada.
Se A capitão João Tavares falasse...
Reclamaria enjoada das vomitadas,
Das maldosas piadas que não devem nada
A hipocrisia do moralismo interiorano.
Mas, no fundo, ela gosta .Assim como o
Silêncio gosta de algazarra desses filhos
De Deus; Vamos para casa?
A André Almeida.
(Meu primo)
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