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15 de julho de 2011

XIX-I-XI-XIX-I
















"Por onde andas, meu amor? Por onde andas?"
Fiz dessa pergunta o meu flagelo.
Sou campanário do sino da esperança
E único crente no amor que espero.

Por onde deixas, meu amor, teu puro cheiro?
Aquele mesmo que, ao anjo arrebatou,
Que fez o pobre renegar o céu inteiro,
Dar-se às trevas, aos humanos em penhor.

Para que prados olham hoje seus cristais?
Assimos digo porque olhos não parecem,
E ouso deles sem receio dizer mais-
Que brutas feras ante eles se enternecem.

Com tua voz, meu amor, a quem presenteia?
Essa que, sem brado, faz netuno aos seus volver,
E mito, sempre mito o canto da sereia,
A terra sem pressões se remexer.

Onde pousas, meu amor, teu colo nu?
Que campo belo entre montanhas...
Foi a trilha o meu melhor caminho
Na busca cega de suas entranhas.

Se acaso um dia, venha tu nos recordar,
Se atinares que ainda possa me querer,
Nestes versos, certamente encontrará
A parte em mim que algum valor possa ter.

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