Bem Vindo
27 de dezembro de 2010
15 de dezembro de 2010
O advogado
Jamais fostes venal ,
Ó ! Veiga minha de velutíneo olhar .
Ainda tão piegas lhe pareça , escuta-me ;
Mesmo em vista a paralela veemência
De uns desencantos , hospedeiro dos
Viveres da esperança me vou em defesa tua ,
Servo , cego , sem vontade própria alguma .
Néscio , o que te cobra novas convenções .
Nobre , o que te agrada ao polir-te .
Podres , os que por ti viajam e nunca residem .
Memoráveis , os de mesmos olhares que os meus
Perante a Veiga que és .
Traz os verdes campos no sorriso ,
Noites pagãs nos caprichos ;
És calma de mar na chegada ,
Mar revolto na partida .
Me conformo , e assim desterro-me
De esquecer-te ,
Passo verões no inferno ,
Lavo-me na lágrimas de camões e
Volto a defende-lá , Veiga minha ,
Prado infindável de ilusões .
5 de dezembro de 2010
Dezembro
Outra vez, lá vem o cantante dezembro
Embrulhado para nos presentear ,
Imbuído de me balançar ;
Outra vez , lá vem os dias que de ti mais lembro .
Não fosse , quem sabe , o "feliz natal " ,
Eu lhe diria mês dos mortos .
Enxergo ainda os destroços
De certo ano que dezembro me foi fatal .
Sei de alguém que nesta época feliz ,
Vive mais e bem melhor agora
Que nos tempos de seus sonhos juvenis .
Para outro , esse tempo apenas diz : -
Se ela ri e você chora ,
É porque tem quer ser assim .
27 de novembro de 2010
1 ano de blog no ar !!!!
Pois é, 1 ano de maquinário no ar, estamos felizes por essa conquista
Agradeço a todos que visitaram e deram seus elogios ,
Agradeço a Deus pelo o dom que tenho.
Espero que esse seja um dos muitos e muitos anos de publicações nesse cantinho
que de uma forma esta a vista de todo esse planeta.
Para todos um imenso abraço.
Que Deus esteja sempre em nossas vidas.
26 de novembro de 2010
A grande cólera
Quando os olhos brilham e perdem-se
No espaço e o raciocínio vira um bem escasso ,
Por nós seja Deus nesse embaraço ,
É paixão !
Refém do sonho , criança !
De suspiros tantos , agoniado !
De vontades tórridas , abafado!
De chorares copiosos , encharcados !
É paixão!
É mundo belo , pura imaginação ,
No escuro um clarão .
Final de festa , desilusão ...
É quando mansa vem a morte _fria consorte_
É paixão !
É ser mártir sem saber
E alvo do próprio plano .
É dar-se a todo crer ,
É mimar o " Víl Humano".
É paixão !
19 de novembro de 2010
Possesso (Dora) II
Lhe daria o brilho de uma estrela
Para iluminar-me toda noite .
Não por vaidade , é que tanto te quero
Em segredo a ponto de perder-me
No escuro dos meus medos.
OU
Daria aos teus olhos o dom de
Ver sempre o caminho certo .
Você como bússola me guiaria ,
Primeira à esquerda ,
Para o inferno;
Sem demagogia .
12 de novembro de 2010
Descrente
Se eu fosse um farol na costa
Arrecifes comeriam os navios .
Já não tenho a mesma luz imposta ,
Sou areia , sou a rocha refém do vento frio .
Sei mesmo que sou uma sombra ,
No seu encalço mas , ao seu comando .
Quem sabe teu sonho infantil beirando o estaleiro ,
Um arrepio ao passo do tempo passando .
Certo como o sol
É o fatal encontro dos estranhos ,
Como Deus é perfeito ... ,
Para alguém o nada sou , em seu total tamanho .
4 de novembro de 2010
Melancalcoólico
Quente ou frio ? tanto faz ;
A temperatura que me agradava
Era a do teu corpo .
Dia ou noite ? tanto faz ;
Já que é raro hoje ver-se risos em meu rosto ,
Não incomoda nem apraz .
Dentro ou fora ? pouco importa agora
Onde a dor há de estar ; mata-me qualquer
Hora , começa a me dilacerar ...
Sem você , sou apenas fútil banquete
Do que se pode ainda em mim
Aproveitar .
24 de outubro de 2010
O Baile
Dá-me o prazer desta dança,
Que dançar com prazer não cansa
E quanto prazer pode nos proporcionar...
Dá-me os teus olhos dançantes
De ariscos e excitantes,
Que os ensino a me enxergar.
Dá-me o prazer de mover-se
Doce e leve feito gira o planeta.
Dá-me teu colo ninfeta , num passo,
Juro ferver em teu sangue a dança
E o bem que ti faço.
Dá-me o prazer desta danca.
Alimenta-me a esperança
De ver Alva_Dama a bailar,
De escorrer pelos meus braços_poésia_
Tendo assim ao findar dos meus dias
Toda alegria ao recordar.
Dá-me o prazer desta dança?
19 de outubro de 2010
12 de outubro de 2010
Praça do Coreto ( Sol Poente )
Foram embora o trovador e a trova de minha cabeça.
Urgem segundos para o sábado,
Tiro o último trago da sexta...
Há ufanos e melancólicos, sábios e perdidos,
Precavidos, metódicos, idiotas.
A eles uno-me no discurso especifico dessas horas,
Bradam palavras de ordem e desvalorizam-nas;
Censura-se o à parte; tudo é de todos.
Alcançando as primeiras divergências e exaltações
Algumas garrafas se estilhaçam, é como lei.
Rebusco a trova - agora engôdo - todo ébrio é
Servil e bobo de poesia bem cantada.
Rabo de olho no relógio, duas da madrugada:
Conselhos, olhos vermelhos, lágrimas choradas...
Ah! a primeira namorada - loiras, morenas,ruivas,
Dondocas, esclarecidas, taradas, um flirt.
Política, trabalho, futuro, frito na feira...
Zangou-se o vigilante pois, de um da gente
Ecoou o berro - colhôes disso, daquilo...
Pobre "morcego".
Batem quatro da madrugada,
Não se bebe mais nada.
Se A capitão João Tavares falasse...
Reclamaria enjoada das vomitadas,
Das maldosas piadas que não devem nada
A hipocrisia do moralismo interiorano.
Mas, no fundo, ela gosta .Assim como o
Silêncio gosta de algazarra desses filhos
De Deus; Vamos para casa?
10 de outubro de 2010
O melhor do proibido ( Auguestos)
O sonho . Bem sei que arbitrário é ;
Sei que as vidas , partes do jogo são .
Mas por Deus . Na terra do homem, da mulher ...
Há cadeiras para à vigília da razão ?
E quando tudo é pura energia ,
E as carnes nuvens que o vento carrega ,
Seria sóbrio ser avêsso a alegria
De levar a vida como pouco ela nos leva ?
Dos encantos bebo o vinho das ilusões ;
Nas madeixas do que quero
Vivo mais .
Faço colo das histórias das canções ,
Nas horas que por ela espero
Durmo em paz .
1 de outubro de 2010
Morféia
Toda vez é assim !
Fecho os olhos e encontro o barqueiro
Que me leva rio a dentro .
E a prióri , não vejo o negror de eras perdidas ;
Nem fedem as águas caudalosa .
Teu inferno é de mentira , tua dor é mentirosa !
Já , eu, pobre verme a temer a luz ,
Sempre acordo , rezo e agradeço .
Levanto as vistas , cumprimento , me alimento ...,
Rezo e agradeço outra vez ; A guarda se abre
E me tomam de punhais .
Saio pelas ruas , as ruas riem , as horas riem ,
Os côrvos ? então !
Os jornais fofocam , os bares bebem , o asfalto anda, corre,
O estudo concentra ; enquanto eu vejo , ouço , calo e
Amo alguém . provo a mortalha .
Volto para casa , olho o calendário ,
Não vejo mais as datas festivas .
Ajeito a cadeira ; nela me ajeito e não descanso ,
Converso com o tédio e não enlouqueço ; escrevo e detesto ,
Porém conservo . Cochilo no caixão .
Vem a noite , ainda amo alguém;
Alguém que nunca virá ao menos matar-me .
Sinto ser muito , fora do tudo , a grande porção , mas ,
Meus cabelos não grisam ,não caem , e pior
Que talvez eu nem morra . talvez seja um
Cadáver falante ...
Não há moedas para o barqueiro ,
Meus dias bebem demais .
24 de setembro de 2010
Pessimismo ( A penumbra do nada )
" Felicidade "., abstrata coisa mais arrogante ,
Nefasta busca de caminho tortuoso ,
De máscara e pútridas atitudes por mero bálsamo ,
No fim, somos : caça sonolenta , cervo aleijado .
Pelo sono do justo chama-nos as batalhas mais
Incrédulas ; a galope ; de cóleras à toda sorte ,
Cegos , moldados para .
Abre-nos o corpo e a alma , afoga os princípios ,
Espolia-nos a carne , a têz ; degenera o orgulho .
Maltrata o olho , o olhar . impõe registro , rótulo ...
Nos vende , nos compra , funde , fere ,
Lava , suja ...
Por fim , ti branqueia os cabelos ,
Ti assenta numa velha cadeira .
Quando a hora já não interessa ,
Quando o que nos distrai é alheia pressa .
Fala do céu e dos sonhos , como se a vida
De um comum disso apenas não fôra feita ...
17 de setembro de 2010
Semidéia
O próprio diabo de face grotesca
Não traz nos olhos um par de caninos sedentos,
Aos quais me dou a devorar .
Dos mesmos quais , desde que homem sou ,
Sou também teu alimento .
O diabo pede em troca ,
A força que exalto se apossa
Assim seja-lhe o intento .
Deus , que tudo nos deu , aconselha equilíbrio
Para com toda obra .
Ela não , quando propícia , cobra !
Quando invade foge , quando cresce farta ,
Não sabe quanto realiza ,
Brinca , fere , e quando fere mata ;
Quando me vingo , és menina .
Caem as armas , sobre mim feito roupas
As mentiras .
Si mentes , tuas curvas são verdades ,
Teu sorriso indulgência e , por tal ,
Pago com servidão .
E ti quero só minha ,
Além da vontade , uma pena a pagar ,
Ter sem tê-la .
Malditas sejam paixões
Que desprezam conquistas ,
Desejo-te ao definhar
Do que em toda glória .
O amor entorpece o homem ,
O homem quer o sem fim .
Mortais , por ela se perdem ,
Súditos , facéis assim .
11 de setembro de 2010
XIX-I-XI-IX-X-XIX-I ( Auguêstos )
Quisera eu , se possível fosse , calar , absorver
O teu sorriso no meu sono mais honesto ;
O imporia aos meus olhos , antes de morrer ,
Como dele fosse o único luzir por qual desperto .
Quisera eu lhe estudar a tempestade do espírito ,
A inquietude dos teus passos , olhos e cabeça ;
O quanto é fácil me fazer por ti aflito
E obedecer-lhe como a nada , nunca mais , eu obedeça .
Quisera eu ontem te pegar à pulso firme ,
Ti beijar a boca com fome e sêde desesperada ;
Fazê-la minha fêmea , porém me detive .
Quisera tanto tudo isso ..., e a mim tanto disse...,
Que me encabula hoje ver acorrentada
Minha tórrida vontade ao teu resto de meiguice .
5 de setembro de 2010
Sancho chorou
Devo ter pecado exageradamente
Nessa vida.
Caso lenda não seja o reencarne .
Certamente manchei épocas , destruir
Sonhos , ludibriei esperanças , multilei
Gerações ...
O troco que recebo só pode referir-se
A crime sem tamanho ; Daqueles
Que pasmam e calam o júri ,
Projetam o réu no sem fim da culpa .
Eu só quero um sinal , um tiro na
Minha ânsia ; Que por caridade
Me arrancasse a memória .
Valha_ me Deus !
Porque carrego no olhar um outro
Que não é meu e me orgulho .
Depressivo confesso , palhaço em serviço ,
Espontaneidade copiada .
Valha_me Deus !
Porque amo e ensaio frente a platéia ,
Vivencio atrás da cortina , sonho ,
Planejo e empolgo ; E que de alheia
Felicidade me basta o resto ;
Sou o criminoso e a vítima .
Sou infeliz número ímpar , traído
Em minha devoção ; Dei a alma de
Ante-mão pois , tristeza é prato feito e
Meu peito só se abre .
Pai nosso que não finda minha
Provação , sobrecarrega-me tal
Fosse o dromedário no deserto ,
Faz-me insano por completo ,
Desterra-me de tua piedade
Pois a moeda da coragem que
Desfralda do meu penar os motivos ,
Perdi no caminho ,
Não tenho como pegar .
30 de agosto de 2010
Lápide
Busquei alguém o tempo todo ,
Só que dentro de mim .
Ao abrir dos olhos percebi que
As coisas prostram-se a nossa frente
Por isso é preciso seguir .
Pobre de mim , fiz diferente ;
Tive ela nos olhos , no pensar ,
Tive tudo no sorriso ...
Sorri de tudo , do meu mundo mudo ,
Da saudade que preenche lacunas ,
Das mentiras verdadeiras e verdades
Sem importância .
Louvei a ânsia , o ardor de uma espera
Vã . Pobre de mim , rico de nada ,
Mendigo de pernas e obstinação ;
Caçador e rei de um possível "Eu " vencedor .
Fui o primeiro sabedor de você ,
Nesse caso retorna a flecha ,
Ti perco ao findar o giro , é a vida !
Já é fúnebre , pútrida a disposição
De buscá la no mesmo lugar e dia ,
O dia "D" . Somente pônha vélas
Sobre minha lápide e
Eu às acendo .